Padre alvo de operação da PF já sugeriu 'calmante em forma de supositório'

Por Redação UOL 11/02/2024 - 08:25 hs
Foto: Reprodução/Instagram
Padre alvo de operação da PF já sugeriu 'calmante em forma de supositório'
Padre José Eduardo de Oliveira e Silva

Um dos alvos da operação que mira grupo que tentou dar golpe após as eleições, deflagrada ontem pela Polícia Federal, é José Eduardo de Oliveira e Silva, padre católico que atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo.

Quem é o padre?

José Eduardo de Oliveira e Silva nasceu 5 de fevereiro de 1981, em Piracicaba, interior de São Paulo. Ainda criança, mudou-se para a cidade de Carapicuíba, município vizinho a Osasco, onde habita e trabalha atualmente.

Foi ordenado sacerdote da Diocese de Osasco em 2006, pela Igreja Católica. Atualmente, é pároco da Paróquia São Domingos.

Em seu currículo, consta que ele fez doutorado em teologia moral na Universidade da Santa Cruz, em Roma. O curso foi concluído em 2012. Na mesma instituição, o pároco também fez mestrado, com o tema "O papel global da virtude da religião: uma proposta a partir da doutrina de São Tomás".

Em 2017, Oliveira e Silva conseguiu projeção nas redes sociais ao criticar a "ideologia de gênero", uma das bandeiras de Bolsonaro. Ele chegou a sugerir que a indústria farmacêutica deveria criar "um calmante em forma de supositório". Também escreveu que tinha saudades "dos tempos em que o banheiro servia só para necessidades fisiológicas e não para exibicionismos de autoafirmação sexual".

O religioso soma mais de 300 mil seguidores nas redes sociais. No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, Oliveira e Silva postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa. Na legenda, escreveu: "Uns confiam em carros, outros em cavalos. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos."

"Sou um padre que fala o que pensa, dentro da minha formação católica, com a intenção de dizer algo que julgo ser a verdade para a comunidade. Se isso é polêmico, o que posso fazer?

Padre José Eduardo, ao Agora, em 2017

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