Padre alvo de operação da PF já sugeriu 'calmante em forma de supositório'
Um dos alvos da operação que mira grupo que tentou dar golpe após as eleições, deflagrada ontem pela Polícia Federal, é José Eduardo de Oliveira e Silva, padre católico que atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo.
Quem é o padre?
José Eduardo de Oliveira e Silva nasceu 5 de fevereiro de 1981, em Piracicaba, interior de São Paulo. Ainda criança, mudou-se para a cidade de Carapicuíba, município vizinho a Osasco, onde habita e trabalha atualmente.
Foi ordenado sacerdote da Diocese de Osasco em 2006, pela Igreja Católica. Atualmente, é pároco da Paróquia São Domingos.
Em seu currículo, consta que ele fez doutorado em teologia moral na Universidade da Santa Cruz, em Roma. O curso foi concluído em 2012. Na mesma instituição, o pároco também fez mestrado, com o tema "O papel global da virtude da religião: uma proposta a partir da doutrina de São Tomás".
Em 2017, Oliveira e Silva conseguiu projeção nas redes sociais ao criticar a "ideologia de gênero", uma das bandeiras de Bolsonaro. Ele chegou a sugerir que a indústria farmacêutica deveria criar "um calmante em forma de supositório". Também escreveu que tinha saudades "dos tempos em que o banheiro servia só para necessidades fisiológicas e não para exibicionismos de autoafirmação sexual".
O religioso soma mais de 300 mil seguidores nas redes sociais. No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, Oliveira e Silva postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa. Na legenda, escreveu: "Uns confiam em carros, outros em cavalos. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos."
"Sou um padre que fala o que pensa, dentro da minha formação católica, com a intenção de dizer algo que julgo ser a verdade para a comunidade. Se isso é polêmico, o que posso fazer?
Padre José Eduardo, ao Agora, em 2017
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